A diabetes tem como complicações, a perturbação do sistema vascular. As principais áreas do corpo são os olhos, rins e membros principalmente os inferiores. Na diabetes, os vasos sanguíneos ficam mais estreitos e endurecidos.
Os doentes com o pé diabético que tenham presente uma má circulação, têm comprometido o processo de cicatrização. Muitas vezes leva à ocorrência de dor quando estes caminham depressa. Especialmente sobre uma superfície dura ou com o uso de calçado inadequado.
Além da má circulação poderá dar-se uma perturbação do funcionamento das estruturas nervosas que provocam uma redução da sensibilidade periférica a fatores como o frio, dor e calor.
O aparecimento de cortes, bolhas, calos, sem serem detetados atempadamente, originam feridas, ulcerações e, em casos extremos onde não existiu qualquer cuidado com o pé poderá levar a amputações.
Porém, este tipo de problema só é mais comum quando a doença não é bem controlada, e é caracterizado por sintomas como formigueiro nos pés.
Tratamentos:
Quando já passamos a fase de prevenção e estamos perante úlceras é importante fazer um tratamento local da ferida e sua causa. Junte-se ainda fazer sempre uma gestão adequada da dor, desbridamento dos tecidos afectados, equilíbrio bacteriano e tratamento do exsudado.
Denote-se que o pé diabético não tem cura, mas existem tratamentos que podem ser realizados no caso de surgirem complicações. Este é sempre adaptado às queixas do doente e às causas subjacentes após avaliação.
Dicas:
- Existem algumas dicas que pode seguir para obter maior controlo da situação:
- Manter sempre a glicémia controlada;
- Cortar as unhas 2 vezes por mês e não arrancar calos;
- Usar sapatos fechados e meias macias de fibras naturais e sem costuras;
- Manter os pés limpos e hidratados;
- Não deixar os pés parados, realizando movimentos circulares com os pés a cada 15 minutos, é uma ajuda para manter uma boa circulação sanguínea nos membros inferiores, melhorando a oxigenação dessa área do corpo.
Em caso de existência de ferida, esta deve ser lavada e protegida com uma gaze. Junte-se ainda a indicação de recorrer imediatamente ao seu podologista.
O doente não se deve auto-medicar ou aplicar pomada sem prescrição. Este pode agravar o problema e aumentar o risco de complicações.
Aproveite ainda, este mês, para fazer um rastreio ao seu pé. Este é o mês da saúde do pé e em conjunto com a Associação de Podologia existem várias clínicas que promovem rastreios gratuitos.
Texto por Dr. António Figueiredo
PODOLOGISTA DESDE 2005, LICENCIADO PELA CESPU (Escola Superior de Saúde de Vale do Sousa) Gandra – Paredes, com cédula profissional nº 152 emitida pela APP (Associação Portuguesa de Podologia).
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