A passagem do tempo também afeta os nossos pés e entramos aqui no campo da podologia geriátrica. Podemos observar uma diminuição do tecido adiposo no calcanhar e nas cabeças dos metatarsos. Junte-se ainda um aplanamento do arco plantar, um défice progressivo do retorno venoso, pouca elasticidade na pele, diminuição de sensibilidade, entre outros fatores.
Estas alterações complexas são decorrentes do andar inadequado, uso prolongado e incorreto de calçado, traumas e inflamações, fadiga, pressão alta, diabetes, entre outros.
Como tal, é muito importante garantir um acompanhamento médico geriátrico e ter um grande cuidado com os pés. Com destaque na fase em que as unhas ficam igualmente mais grossas, dificultando o corte.
A pele mais fina e ressequida tem uma maior probabilidade de formar calosidades, fissuras e micoses.
Cuidados a ter:
Existem alguns cuidados a ter, como:
- Corte reto das unhas dos pés, de forma a evitar a existência de cantos;
- Hidratar bem os pés, de preferência antes de ir dormir;
- Não tirar calos em casa, manualmente ou com produtos mais fortes, pois podem-se gerar queimaduras;
- Após o banho é importante secar bem os pés, especialmente entre os dedos e debaixo dos dedos. O objetivo é evitar o aparecimento de fungos, papilomas, entre outros;
- Adquirir calçado adequado para evitar o atrito, especialmente entre os dedos;
- Procurar usar sempre meias com 100% algodão, que absorvam a transpiração e mantenham a pele mais seca. Isto contribui para diminuir a probabilidade de desenvolver fungos.
Em caso de irregularidades, quer na pele quer nas unhas, deve consultar de imediato o seu podologista.
Podologia geriátrica – palmilhas:
No caso da podologia geriátrica, muitas vezes para compensar algumas cargas, são utilizados dois tipos de palmilhas:
- Palmilhas Ortopodológicas: são utilizadas como prevenção, correção ou podem ser compensatórias.
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Palmilhas de Prevenção: bastante utilizadas em pessoas de risco como o caso do Pé Diabético. O intuito é prevenir o aparecimento de úlceras. Isto permite evitar, futuramente, o risco de amputação.
Texto por Dr. António Figueiredo
PODOLOGISTA DESDE 2005, LICENCIADO PELA CESPU (Escola Superior de Saúde de Vale do Sousa) Gandra – Paredes, com cédula profissional nº 152 emitida pela APP (Associação Portuguesa de Podologia).
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